tag:blogger.com,1999:blog-18302920417756105512024-03-12T20:23:47.147-07:00Esses MoçosEsses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.comBlogger31125tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-16301440778742849922009-07-26T17:20:00.000-07:002009-07-26T17:23:47.783-07:00Esses Moços em DVDAgosto de 2009, ESSES MOÇOS<br />vai ser lançado em DVD pela Original vídeo.<br />Nas melhores casas do ramo.<br /><br />ESSES MOÇOS na TV Aberta - TV Cultura compra direitos de exibição.<br /><br />ESSES MOÇOS voando alto - A companhia aérea AIR FRANCE adquiriu o filme para exibição em seus vôos internacionais.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-52631250190611414852008-09-11T05:05:00.000-07:002008-09-11T05:14:58.336-07:00Fazendo platéias<span style="font-weight:bold;">cinesta JOEL DE ALMEIDA<br />relata projeção<br />para 150 alunos em Salvador.</span><br /><br /><br />Amigo Araripe,<br /><br />Foi com muito prazer e grande responsabilidade, que mergulhei no seu filme hoje pela manhã. Fui convidade de última hora para apreesentar e discutir ESSES MOÇOS, no programa Formação de Platéia na Sala Walter da Silveira, hoje pela manhã para 150 alunos do segundo grau do Colégio Estadual Manoel Novaes. Além dos alunos, três professôras das áreas de filosofia, sociologia e história, se responsabilizaram pelo programa.<br />Foi um grande dia cinematográfico para mim! Enquanto o filme era projetado na tela, por dezenas de vezes, os alunos interagiam emocionados com as lindas e realistas cenas de seus ricos personagens. <br />Após a projeção, conversei sobre questões particulares da história e da realidade do cinema na Bahia e no Brasil, sem esquecer, é claro, alguns aspectos sociais importantísssimos abordados pelo mesmo. <br />Em seguida, passei a palavra para a platéia, e 14 alunos comentaram de maneira inteligente e sensivel sobre o que viram. Se identificaram muito com a história. Duas garotas reconheceram as meninas, contemporâneas no seu bairro. Duas outras, não conseguiram concluir suas falas, pois foram tomadas pela emoção e o choro. <br /><br />Muito emocionante!<br /><br />As professôras também, que não conheciam o filme, ficaram impressionada com a história e também falaram para todos.<br />Foi um grande grande aula prá mim. Quando Lu Cachoeira falava sobre uma revolução cultural ainda na época do Restaurante Universitário e continua hoje com o mesmo discurso, penso que tem toda razão. Se é que é possível uma revolução, essa será instrumentalizada pelo audiovisual. Imagine um programa com esse em 10 mil escolas espalhadas por esse País?<br /><br />Um grande abraço <br /><br />Joel de AlmeidaEsses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-46182879784640156132008-09-08T19:43:00.000-07:002008-09-10T03:15:39.075-07:00Esses Moços em Los Angeles e no Canal Brasil<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6w17Mzkxrjp7B6Tpp3H1hsmC7WqC7zLLdKhxwqbGPetEggs4qE7WLy5-6Uqc5VwOsSJrJ4itNrQ9R1ncP8n94ZpnX9T1FFDVlyjjW7VP-BoZy3iHat-IzFLTxkDTnukXbZSMduqQvaSoS/s1600-h/BLOG.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6w17Mzkxrjp7B6Tpp3H1hsmC7WqC7zLLdKhxwqbGPetEggs4qE7WLy5-6Uqc5VwOsSJrJ4itNrQ9R1ncP8n94ZpnX9T1FFDVlyjjW7VP-BoZy3iHat-IzFLTxkDTnukXbZSMduqQvaSoS/s200/BLOG.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5244334243147634578" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">No canal Brasil na SELEÇÃO BRASILEIRA</span><br />teve estréia nesta segunda 08 de setembro<br />e volta nas datas.<br />13/09 - 23:00<br />14/09 - 18:30<br /><br />Em Los Angeles semana passada - estive lá e me emocionei<br />em ver nossos baianinhos ao ar livre no<br />AFRIKAN MARKET FALL<br />evento que reúne manifestações das afroidentidades da américa e do mundo.<br />Esses Moços foi exibido no encerramento<br />e foi convidado para mais dois festivais de temática africana: um em Los Angeles e um em Cannes.<br />Mês passado o filme foi exibido no Teatro Castro Alves em Salvador,<br />encerrado o Seminário Internacional de Audiovisual<br />mais de 1000 pessoas pagando 1 real foram para a matinal<br />as 11hs. Emoção de estar na terrinha e ver o filme no nosso templo maior das artes.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-87391475494726747862008-05-18T08:35:00.001-07:002008-09-10T03:21:02.513-07:00Esses Moços para JovensOUTROS CORAÇÕES E MENTES<br /><br />Como autor é sempre bom saber que um filme seu continua exibido mundo afora após seu lançamento comercial.Pra quem faz cinema fora do eixo sudeste/sul sempre é bem mais difícil obter distribuição, espaço na mídia e até boas críticas. <br />Esses Moços só conseguiu ser lançado comercialmente em 7 praças e com pouca divulgação fez um carreira pequena. Porém outros circuitos têem acolhido bem o filme. Pelos meus mal traçados cÁlculos acho que estamos perto de uns 60 mil espectadores.A maioria dele em praças,escolas, cineclubes e festivais no exterior. Como era de se esperar justamente é o público menos cinéfilo quem melhor acolhe o filme. Em praças públicas e em comunidades ligadas ao movimentos populares o filme já foi visto por mais de 40 mil pessoas. <br />No contato om os jovens de escolas públicas e dirigentes de ongs de projetos sociais o filme obtem um retorno afetiva diferenciado. <br />Em Salvador nesta semana - projeto laterninha - em 10 colégios foi gratificante ver e ouvir depoimentos sensíveis dos espectadores que conseguem entrar no filme e vivenciar as questões colocadas de forma bem madura, quase sempre surpreendendo com "leituras" novas e mais profundas das ouvidas nas salas dos festivais da classe média: assim como foi como Mr.Abrakadabra!, Rádio Gogó e o Pai do Rock meus últimos filmes em 35 mm, fica a sensação que o meu modo simples de criar e contar essas histórias tende a aproximar meu cinema desses circuitos alternativos - o pretenso teatro de variedades ou cinema de poesia como citou o professor Menandro Ramos no colégio Central, funciona melhor com os que não estão com os corações e mentes condicionados com os vícios do cinemão. Na auge da minha decepção como os 3.000 espectadores do circuito comercial alguem me disse,"se preocupe não, esse filme será popularizado com o anos" e como um autor preocupado com o futuro de suas crias, começo a achar que ela tem razão. Depois do festival de Canudos onde lotou a praça sertaneja, Esses Moços segue agora para uma mostra especial no FICA, em Goiás Velho. <strong>Um vinho "olho de boá" está de bom tamanho para eu comemorar.</strong> José Araripe Jr<strong></strong><strong></strong>Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-60332002737866751862008-03-25T19:34:00.000-07:002008-03-25T19:36:37.892-07:00Esses Moços nas Escolas25/03/2008 <strong>Projeto Lanterninha inaugura hoje a exibição de filmes em Salvador </strong><br /><br />por Mirela Portugal A TARDE ON LINE<br /><br />Depois das aulas de física e matemática, o silêncio no escuro da sala de projeção. Está aí o novo script que espera alunos de 11 escolas públicas e particulares de Salvador. As aulas serão substituídas por sessões com títulos do cinema nacional. Para o Projeto Lanterninha: Cinema vai à Escola, inaugurado hoje em sessão solene na Biblioteca Central [Barris], colégio é lugar de cineclube. <br /><br />A lista inclui 12 filmes brasileiros, entre os quais A Máquina [João Falcão], Meninas [Sandra Werneck], Esses Moços [José Araripe Jr], Baile Perfumado [Paulo Caldas] e Saneamento Básico [de Jorge Furtado]. No roteiro, seções semanais seguidas de debates, sempre com a presença de um representante do filme [diretor, ator ou integrante da equipe técnica]. Duas escolas por vez terão essa sessão especial, enquanto as outras continuam com as regulares. O primeiro encontro é com o filme Pro Dia Nascer Feliz, seguido de debate com o diretor João Jardim nas escolas Manuel Devoto e Luiz Vianna Filho. <br /><br />Em tempos de cinema figurando na lista de vestibulares como o da Ufba, o projeto é boa notícia. Ainda mais quando na maioria das escolas [públicas e particulares] há uma carência em educação audiovisual. <br /><br />Para a tristeza de muitos, como Tássio Takeda, 16, aluno do terceiro ano do Colégio Central e cinéfilo assumido. O Lanterninha veio para saciar uma sede antiga: “É a primeira vez que vou participar de projeto de cinema na escola. Isso é um avanço“. Tássio não tem restrição de gênero e aprovou as obras escolhidas. “Se pudesse sugerir, ia pedir pra passar alguma coisa de ficção científica“. <br /><br />Videoteca – Os colégios contemplados vão receber acervo audiovisual com mais de 200 produções. A idéia é montar videotecas e tocar o projeto depois. A idealizadora do Lanterninha conta que ele é só o ponto de partida para a implementação da prática cineclubista. "Alunos e professores devem continuar a exibir filmes, em grêmios e organizações estudantis. Continuaremos apoiando para isso“.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-32637817396415194782008-03-22T08:51:00.001-07:002008-03-22T09:07:59.308-07:00Por anda ESSES MOÇOS?<span style="font-weight:bold;"><br />Em breve no Rio de Janeiro<br />no PONTO CINE em Guadalupe</span><br /><br />Em abril, BH vai assistir Esses Moços em Cineclube do SESC.<br /><br />Também em Abril o Vale do CARIRI na chapada do Araripe em Juazeiro e Crato - CE.<br /><br />Em maio CANUDOS na Bahia realiza festival de curtas e longas,<br />e ESSES MOÇOS participa como convidado.<br /><br />ESSES MOÇOS tb será exibido em Angola.<br /><br />alguns países onde o filme já foi exibido:<br /><br />Argentina<br />Cuba<br />Espanha <br />EUA<br />Colombia<br /><br /><span style="font-weight:bold;"><br />Esses Moços faz mais de 40 mil espectadores em 2 projetos de cinema itinerante<br />em Brasília e entorno.</span> Breve aqui mais informações.<br /><br />Em Abril será exibido em <span style="font-weight:bold;">12 escolas na Bahia </span>em projeto que apresenta a recente<br />produção brasileira com presença dos diretores em debates com estudantes.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-78737903672180623892007-09-12T10:04:00.000-07:002007-09-12T12:39:20.258-07:00ESSES MOÇOS NAS TELAS<strong>LANÇAMENTO DO LONGA-METRAGEM "ESSES MOÇOS" EM VITÓRIA</strong> <br /><br />Quinta-feira, 13/09, às 21h, no Cine Metrópolis. Antes, às 20h30, o diretor participará de um bate-papo sobre tecnologias digitais e os processos de distribuição da produção audiovisual. O lançamento faz parte da programação que antecede o 14º Vitória Cine Vídeo. Campus da Ufes. Avenida Fernando Ferrari, Goiabeiras, Vitória. Entrada franca. Informações: 3327-2751.<br /><br /><strong>ESSES MOÇOS EM MADRID</strong><br /><br />Participa do Festival VIVA AMÉRICA nos dias 09 a 14 de Outubro.<br /><br /><br />www.casamerica.es<br /><br /><strong>ATRIZ NADJA TURENKO envia depoimento sobre o filme:</strong><br /><br />Assistimos "nosso" filme. Digo "nosso" porque agente se apropria dele como <br />um pedacinho da gente, um olhar seu que parece que é meu tb, uma história <br />que parece contada por alguém que conheço sobre alguém da minha família...<br /><br />Isso é cinema brasileiro! Acho que é por isso que a cultura americana se <br />impôs ao resto do mundo com tanta força: além do domínio econômico tem esse <br />cinema poderoso que faz agente acreditar em coisas tão diferentes da gente <br />mesmo e ao mesmo tempo tão nossas...<br /><br />Acho que o que mais me emociona no seu filme é a maneira sua de adotar "um <br />ponto de vista" para falar do que fala nele: como entra a câmera nas <br />situações, como o olho da cena vai para lugares que o texto não evoca, que <br />o ator não sabe, que agente não espera e não nos deixa esquecer que é <br />cinema, que não é real e que é poesia! Tem a condução do poeta, tem o <br />"querer" da linguagem, não é tentativa de reproduzir a realidade, é a <br />linguagem que se impõe, que me arrasta nessa narrativa própria que o cinema <br />tem, que transpõe a cidade na cidade, a personagem na personagem, a história <br />na história... É lindo, diferente, cruel, doce, azedo e corajoso ( e sem <br />nenhum "tête d'affiche" !!!!!!!!!!).<br /><br />Parabéns pelo filme! Que venham outros!<br />bjs<br />Nadja<br /><br /><br /><br /><strong>EXIBIÇÕES NA PERIFERIA DO PLANALTO CENTRAL</strong><br /><br />CINEMA ITINERANTE<br /> <br />Dia 14 Setembro – sexta-feira.<br />Local: Feira da Lua de Sobradinho.<br />Sobradinho I<br /> <br />19h00 as 21h00<br />Exibição do Filme “Filhas do Vento” do cineasta Joel Zito Araújo.<br />Comunidade em geral.<br />__________________________________________________<br /> <br />Dia 18 Setembro – terça-feira.<br />Atividade: Mostra de Cinema <br />Local: Povoado do Quilombo de Mesquita<br />Cidade Ocidental / GO<br /> <br />14h00 às 16h00<br />Exibição do Filme “Esses Moços” do cineasta José Araripe Jr. <br />Escola convidada (Escola Municipal Aleixo Pereira Braga I) <br /> <br />18h30 às 20h30<br />Exibição do Filme “Filhas do Vento” do cineasta Joel Zito Araújo.<br />Comunidade em geral.<br />Área livre do Povoado de Mesquita<br /> <br />__________________________________________________<br /> <br />Dia 21 Setembro – sexta-feira.<br />Atividade: Mostra de Cinema <br />Local: Taguatinga <br /> <br />14h00 às 16h00<br />Exibição do Filme “Esses Moços” do cineasta José Araripe Jr<br />Escola convidada (Centro de Ensino Fundamental CF15)<br />Teatro da Praça de Taguatinga<br />CNB 1, Área Especial - Taguatinga Centro <br /> <br />18h30 às 20h30<br />Exibição do Filme “Filhas do Vento” do cineasta Joel Zito Araújo.<br />Comunidade em geral.<br />Praça do Relógio – Tag. Centro<br />__________________________________________________<br /> <br />Dia 28 Setembro – quinta-feira.<br />Atividade: Mostra de Cinema <br />Local: Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro – ARUC<br /> Área Especial 8 Cruzeiro Velho<br /> CEP 70640-005 Brasília/DF <br /> <br />14h00 às 16h00<br />Exibição do Filme “Esses Moços” do cineasta José Araripe Jr <br />84 min.<br />Escola convidada (Centro de Ensino Fundamental 02 do Cruzeiro)<br />Estudantes do Ensino Fundamental<br />18h30 às 20h30<br />Exibição do Filme “Filhas do Vento” do cineasta Joel Zito Araújo 85min.<br />Comunidade em geral.<br /> <br /><strong></strong><strong></strong><strong></strong><strong></strong>Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-35255635956364014872007-07-29T02:02:00.001-07:002007-07-29T02:19:31.320-07:00Esses Moços na Sala Walter da SilveiraEsses Moços emplaca a Décima primeira semana em Salvador.<br /><br />A tradicional sala baiana dedicada ao cinema brasileiro e ao cinema de arte<br />recebe o mais recente longa totalmente produzido em Salvador.<br />Nesta sexta - 03 de agosto - o filme volta também na Sala HSBC Belas Artes em São Paulo.<br />Neste momento, o filme que tem música tema de Lupicínio Rodrigues está a 3 semanas em Cartaz na Sala Paulo Amorim em Porto Alegre.<br />As próximas praças serão BH, Vitória, Curitiba, Fortaleza e Rio.<br />A produção de baixo orçamento e sem campanha publicitária, aos poucos e no boca a boca, vem atraíndo um bom público ao cinema.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-14840590237471399352007-07-29T02:02:00.000-07:002007-07-29T02:16:26.663-07:00Esses Moços na Sala Walter da SilveiraEsses Moços emplaca a Décima primeira semana em Salvador.<br /><br />A tradicional sala baiana dedicada ao cinema brasileiro e ao cinema de arte<br />recebe o mais recente longa totalmente produzido em Salavador.<br />Nesta sexta - 03 de agosto - o filme volta também na Sala HSBC Belas Artes em São Paulo.<br />Neste momento, o filme que tem música tema de Lupicínio Rodrigues está a 3 semanas em Cartaz na Sala Paulo Amorim em Porto Alegre.<br />As próximas praças serão BH, Vitória, Curitiba, Fortaleza e Rio.<br />A produção de baixo orçamento e sem campanha publicitária, aos poucos e no boca a boca, vem atraíndo um bom público ao cinema.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-31843488114660544332007-06-07T15:19:00.000-07:002008-12-12T21:53:49.329-08:00ESSES MOÇOS NA COCÓ...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmmdNGBnrbYb09GpnfeGpjLGQr9d2hIRzOO_On0EQrmILtZzhUrRaaa8o1zXPFwZ2UkgZJcdeETBo2lvBzK8B5I7XenArhDSeo39gOTaupz7VBUDESbgoM2dr18d59bXwPbS5fkkHGYK7B/s1600-h/Darlene+puxa+Diomedese+Daiane+olha.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmmdNGBnrbYb09GpnfeGpjLGQr9d2hIRzOO_On0EQrmILtZzhUrRaaa8o1zXPFwZ2UkgZJcdeETBo2lvBzK8B5I7XenArhDSeo39gOTaupz7VBUDESbgoM2dr18d59bXwPbS5fkkHGYK7B/s200/Darlene+puxa+Diomedese+Daiane+olha.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5073452025994888482" /></a><br /><br /><br /><strong>Site www.nacoco.com.br<br />comenta Esses Moços</strong><br /><br /><br /><br />Cinema 03-06-07<br /><strong>"Esses moços" ou as leis da simplicidade</strong><br />Por Diego Damasceno* <br /><br />Rente ao asfalto, a câmera absorve os efeitos do calor e reproduz as imagens desfiguradas de duas pequenas silhuetas. Morenas, as duas crianças rumam em direção à cidade de Salvador, que assoma difusa no horizonte, antecedida por um mar azul. Minutos depois, é a visão panorâmica de um plano inclinado que temos: um senhor observa a cidade enquanto desce ao seu encontro. É, enfim, para a parte baixa do centro antigo de Salvador que “Esses moços” (2005), de José Araripe Jr., dirige a nossa atenção.<br /><br />Aí estão reunidos e bem apresentados os elementos básicos do filme. Cidade, velhice e juventude irão participar, juntos, de uma história que aproxima extremos (ainda que não opostos) e que descobre a doçura em meio à maldade e a ternura em meio ao abandono. Muito simples? Mas não como parece.<br /><br />Darlane (Flaviana Silva) e Daiane (Chayend Santos), irmãs, fogem da exploração da mãe adotiva. Diomedes (Inaldo Santana) é um senhor que vive num asilo, mas que não se conforma com a perda da liberdade. Do encontro dos três surgirá uma relação que, pautada pela necessidade, passa tanto pelo afeto quanto pelo oportunismo. Enquanto circulam por cantos esquecidos da cidade, percebe-se também uma significativa correspondência entre eles e o espaço que exploram para sobreviver.<br /><br />É notório que Salvador tem um papel crucial na trama. Porém, o fato de este espaço da cidade ser flexibilizado em prol do sentido da história (pela fotografia, enquadramentos e montagem) não é suficiente para fazer dela “uma personagem”. Este que parece um juízo positivo na verdade empobrece o filme, na medida em que ignora a coerente utilização do espaço cinematográfico e coloca os méritos numa possível (mas não verdadeira) construção narrativa baseada em personagens humanos.<br /><br />Fazer, no texto crítico, da cidade um personagem é talvez ignorar as potencialidades do uso do pu-espaço no cinema, que ganha vida, sentido e significação sem ter que necessariamente assumir contornos e qualidades humanas. Em uma palavra: a expressão não está restrita ao formato humano, ainda que seja sempre devedor do gênero.<br /><br />O envelhecimento da cidade forma um contraponto ao trio de personagens principais: quanto a Diomedes, são as marcas de sua história que vemos nas ruínas, no vagão de trem, no prédio do asilo. Fotografias de um assunto desaparecido, mas cuja essência ainda permanece, por sugestão. As imagens da cidade envelhecida apontam para um período não contemplado pelo tempo da narração (a vida anterior de Diomedes), mas que é um tempo que sustenta o personagem e lhe dá sentido. Assim, sua existência ficcional está apoiada pela lembrança, por um passado materializado nas imagens própria cidade em ruínas. Este jogo de correspondências se completa quando alinhamos estas mesmas imagens (desta vez num outro sentido) à memória falha do personagem, que sofre do mal de Alzheimer. <br /><br />Quanto à Daiane e Darlene, é sua jovialidade promissora (quando tomam banho de mar, quando improvisam uma música ou quando brincam no trem) que se relaciona mais diretamente com o espaço soteropolitano. <br /><br />O plano geral em que aparecem em fuga na praça Conde dos Arcos é particularmente significativo neste sentido: aquele espaço aparece tanto como fonte de perigo e desamparo quanto como um playground exacerbado, ilimitado. É um plano sintético da posição das personagens na trama: suas possibilidades incertas, seu futuro tornado uma interrogação pela sua condição social, ao lado da sua energia infantil.<br /><br />Neste plano também percebemos a inteligência fotográfica do filme. Cada seqüência recebe o tratamento adequado – e a fotografia eleva-se como mais um importante elemento significativo. Além deste plano geral, ao qual o meticuloso movimento de câmera e o enquadramento, que parece expandir ao máximo o espaço, conferem agilidade, são notáveis a cena em que Diomedes aparece junto a Darlene num banco de madeira (cuja ternura é devedora da luz suave) e, mais sombria, a cena em que Daiane e o padeiro, na tentativa de recuperar a maleta de Diomedes, cruzam as ruínas de um velho trapiche. <br /><br />Qualidades assim se sobrepõem aos deslizes de "Esses moços". Com minutos iniciais que chegam ao didatismo, o maior problema do filme está resumido em duas ou três seqüências mal amarradas – como a chegada de Darlene ao asilo de Diomedes, ou a resolução que ela toma no final do filme, que parece muito súbita, talvez precipitada por demais para que soe verossimilhante. Nesses momentos, o filme dá passos mais largos do que devia. O espectador até acompanha, mas pode estranhar. <br /><br />Há também a participação pouco explicada do ator João Miguel como um visionário que discursa para a câmera quando encontra os personagens no interior de uma igreja. Aparentemente desconectado da trama, a rápida aparição de Rosa não deve ser igualada à de outros personagens – como o matador Militão ou a gangue de pivetes de rua. Este segundo grupo de personagens tem participação limitada mas cumpre função bem definida na história. Ainda, o fato de serem pouco desenvolvidos não leva a crer, por si, que participem apenas como elementos de uma dicotomia maniqueísta – que sejam, apenas, figuras do mal.<br /><br />Na realidade, estes personagens estão em consonância com a célere seqüência de situações de “Esses moços”. Um filme que trata, em boa medida, do tempo (o passado revisitado e a expectativa de um futuro melhor), “Esses moços” pode ser também descrito a partir da preocupação de Araripe de captar o efêmero em meio à cidade. Se iniciamos o filme na cola das duas meninas fugindo de casa, é com um olhar “selecionador” que encontramos Diomedes, estático no meio da praça, despercebido pela maioria. <br /><br />Mais que um descuido, retirar os personagens da trama sem “resolvê-los”, dar-lhes um final, é uma opção consciente e de cunho realista: tanto a situação dos meninos de rua como a atuação do matador permanecerão sem solução, parte da paisagem desumana da cidade.<br /><br />A esta aridez, entretanto, Araripe responde com singeleza. A simplicidade de “Esses moços”, se não deve ser tomada por boa ou ruim, é, sobretudo, coerente. Alinha-se ao ritmo ágil, ao constante movimento sugerido pelas imagens (viagens de trem, a cidade vista do subúrbio, o percurso dos protagonistas), e, porque não, com as resoluções tomadas pelos personagens. <br /><br />Ao optar pelo simples, Araripe Jr. inverte o jogo e priva o espectador de apoios óbvios e chaves de interpretação comuns. Aparentemente fácil de resumir, "Esses moços" tem uma construção complexa e minuciosa, e ainda assim resulta agradável aos olhos, cativa e emociona. Definitivamente, um filme sobre o qual se pensar. E, se o dinheiro der, um filme para assistir de novo. <br /><br /> <br /><br />*Colaborou Clarissa RebouçasEsses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-7801632243764138452007-06-03T15:52:00.000-07:002007-06-03T15:59:46.676-07:00Relato de um espectador solitário<strong>Encontrei esse depoimento no google<br />postado por Paulo Galo, que não conheço,<br />mas tomo a liberdade de reproduzir</strong><br /><br /><br />Enquanto formam-se filas e mais filas em todo o Brasil pra assistir Homem-Aranha e Piratas do Caribe, assisti sozinho na sala Aleijadinho do HSBC Belas Artes ao excelente “Esses Moços”, de José Araripe Jr –seu primeiro longa-metragem.<br /><br />Saí do cinema feliz da vida de ver a Bahia tão bem reproduzida. O filme é pura poesia mesmo, em nada lembra o sofrível Ó Pai Ó! da Monique Gardenberg. Nós, os baianos, estamos redimidos. E nós, os paulistas, bem contentes.<br /><br />Fotografia e direção de arte impecáveis, Salvador surge belíssima na telona em grandes planos da Cidade Baixa, onde boa parte da trama se desenrola. Bom rever a Feira de S.Joaquim, que já havia sido bem percebida no ótimo "Cidade Baixa", de Sergio Machado.<br /><br />Inaldo Santana manda muito bem no papel do velho Diomedes e as meninas são excelentes. A mais velha certamente fará menos sucesso entre o público: sua personagem carrega toda a dureza de quem já tão nova sacou que tá fudida e precisa se proteger agressivamente de tudo e de todos, sempre.<br /><br />A mais novinha encarna a doçura esperta de uma menina baiana. Carinhosa, chameguenta, alegre. Ri bem da aspereza que a cerca e que ainda não avalia em toda sua extensão, como já faz a irmã mais velha.<br /><br />Um roteiro esvaziado de glamour e repleto de belas imagens de uma cidade que não merece tantos séculos de maus tratos como Salvador. A cadência é suave e a montagem do filme colaborou muito para que isso acontecesse.<br /><br />As críticas que li hoje não são favoráveis a Esses Moços. Li a do Cláudio Marques (Coisa de Cinema) e um texto da Reuters publicado no UOL. Fiquei com a sensação de que não vi o mesmo filme que esses críticos.<br /><br />Nada há de caricato, ao contrário, Salvador é lindamente filmada naquilo que ela predominantemente é, uma cidade bonita, pobre e mal cuidada. Araripe conseguiu captá-la nobre em sua pobreza e saiu-se muito bem da armadilha de uma narrativa sociologizante. Quis e fez uma obra narrada em tom de poesia, sem compromisso no apontamento de soluções para o grave problema da exclusão social e focado nas personagens das meninos e do velhinho. Golaço.<br /><br />Há quem preferisse assistir uma denúncia mais contundente. Eu achei ótimo ver todas essas mazelas tratadas com suavidade e lirismo. O drama dessas pessoas me incomodou do mesmo jeito mas como é bom lembrar que elas não são estatísticas, não são teses de doutorado ou motes de discursos políticos.<br /><br />São gente de carne, osso e sensibilidade. Matéria prima muito bem tratada pelo poeta-cineasta Araripe e sua equipe. Amei.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-29587930176954508702007-05-29T10:13:00.000-07:002008-12-12T21:53:49.543-08:00Críticas, Matérias e entrevista.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj87CNvHW-fQOtibO6gEOON7vwLSVaVKYcaBs3ukCVD0Q5wwKjoIdF4ARALYCN5AxSgC2Qu-wkK0-EUUCBtvfIsr2CgBVP51dGNcsrZwUKHcChzmvFmQFdKwyGoZerdY1dB4XJcMirhzDQb/s1600-h/Ray+Alves+e+as+meninas.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj87CNvHW-fQOtibO6gEOON7vwLSVaVKYcaBs3ukCVD0Q5wwKjoIdF4ARALYCN5AxSgC2Qu-wkK0-EUUCBtvfIsr2CgBVP51dGNcsrZwUKHcChzmvFmQFdKwyGoZerdY1dB4XJcMirhzDQb/s200/Ray+Alves+e+as+meninas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5070033628262932594" /></a><br /><em>Leia também neste blog:</em>- Entrevista com o Diretor<br /><strong>- Estréia comentada<br />- Crítica de João Sampaio<br />- Exibição para moradores de rua<br />- Pré-estréia na Ferrovia</strong><br /><br /><br /><strong>"ESSES MOÇOS": CANÇÃO GAÚCHA INSPIRA <br />PRODUÇÂO BAIANA SOBRE UM PROBLEMA <br />BRASILEIRO </strong><br /><br />por Celso Sabadin- site planetatela <br /><br />A canção “Esses Moços”, do gauchíssimo Lupiscínio Rodrigues, na voz do baianíssimo Gilberto Gil, une o sul e o nordeste brasileiros num problema cem por cento nacional: os nossos abandonados. Crianças e velhos. O diretor e roteirista José Araripe Jr. (o mesmo de “3 Histórias da Bahia”) toma emprestado o nome da música para realizar “Esses Moços”, um filme sobre abandonos, encontros e esperanças totalmente rodado na Bahia. <br /><br />Confesso que logo nas primeiras cenas fiquei ressabiado: “Xiii, lá vem mais um filme sobre crianças de rua”, pensei, ao ver as meninas Chaeind Santos e Flaviana Silva (ótimas revelações) interpretarem Darlene e Daiana, duas irmãs que tentam sobreviver pedindo esmolas nos semáforos soteropolitanos. Porém, felizmente, quanto mais o filme avançava, mais eu me envolvia por ele, deixando para trás – bem pra trás - minha primeira e preconceituosa impressão. <br /><br />Darlene e Daiane logo se mostram duas personagens bem construídas, vivas, críveis, espertas, sem as armadilhas e os desgastados clichês que o tema “crianças de rua” geralmente proporciona. Logo elas conhecem Diomedes (Inaldo Santana), um velho senhor com ar de perdido na vida, portador de um par de óculos escuros e redondos, geralmente associados aos cegos. Mas Diomedes vê. E as meninas enxergam nele a possibilidade de faturarem mais esmolas. Está formado um trio errante que sai sem rumo pela cidade em busca de parcos trocados que garantam alguma sobrevivência. Em trinca, Darlene, Daiane e Diomedes são mais fortes para segurar a barra da exclusão social e da violência urbana. Continuarão eternamente pobres, mas a solidão passa a ser opcional. O que já é alguma coisa. <br /><br />“Esses Moços” pode cometer alguns pecados. O da ingenuidade, talvez, em determinados momentos. Se é que ingenuidade é pecado. Ou o da falta de uniformidade do elenco, que mistura ótimas e fracas interpretações. Mas acerta muito mais do que erra e se transforma numa bem-vinda surpresa vinda diretamente da Bahia na tentativa de ganhar o circuito nacional. <br /><br /><strong>Curiosidade:</strong> o ator João Miguel (de “Cinema, Aspirinas e Urubus”) faz uma participação especial vivendo seu principal personagem do teatro: Arthur Bispo do Rosário.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-46026754424227012852007-05-29T10:03:00.000-07:002007-05-29T10:05:44.900-07:00Entrevista concedida à ATARDE on line28/05/07 por Lucas Cunha<br />Do A Tarde On Line<br /><br /><strong>“Um cineasta da Bahia aprende desde cedo que não adianta fazer roteiros mirabolantes”, afirma o diretor de “Esses Moços” </strong><br /><br />A arte na simplicidade. Esta parece ser a receita que guia a obra cinematográfica do cineasta baiano José Araripe Jr, que está lançando comercialmente em 2007 seu primeiro longa, “Esses Moços”. <br /><br />O diretor vem da mesma geração de cineastas como Edgard Navarro, Fernando Belens, Póla Ribeiro, que só agora começam a filmar seus primeiros longas. Araripe aprendeu com o tempo que a chave para conseguir tornar possível suas produções estava na simplicidade: “Quando você é um cineasta da Bahia, nordestino, do terceiro mundo, você aprende desde cedo que não adianta fazer roteiros mirabolantes, porque não vai filmar”. <br /><br />Dessa maneira foi feito o seu vídeo mais premiado até então: “Mr. Abrakadabra”, de 1994, que ganhou diversos prêmios como melhor filme no Cine Ceará e no Festival de Brasília, ambos em 1996: “No dia em que eu decidi fazer o roteiro mais simples, fiz o ‘Mr. Abrakadabra’. Isso foi uma grande lição para mim”. O curta mostra um mágico idoso (o já falecido ator Jofre Soares) que já não consegue mais fazer suas mágicas e resolve tentar o suicídio. <br /><br />A lição então ficou nos trabalhos seguintes desse ilheense nascido em 1959: os curtas “Radio Gogó”, de 1999, com Caco Monteiro e Wagner Moura no elenco, sobre um homem que narra jogos de futebol de várzea, e “O Pai do Rock”, parte integrante do projeto “Três Histórias da Bahia”, lançado em 2000, sobre integrantes de uma banda de Heavy Metal em Salvador que fazem um pacto pelo sucesso comercial se transformando em uma banda de axé. <br /><br />Quando chegou a hora de estrear no mundo dos longas, o diretor manteve a mesma estratégia: “Tinha que ser uma história simples, com poucos atores e que pudesse ser contada em poucos dias”, diz Araripe. Na verdade “Esses Moços” foi concebido primeiro como um curta a partir de um personagem de outro roteiro inédito de Araripe, “Menino de Circo”, que o diretor ainda pretende rodar. Dele, Araripe retirou o personagem vivido pelo ator Inaldo Santana, o misterioso senhor que conhecemos durante o filme.<br /><br />Entretanto, a soma de alguns elementos ao argumento inicial fez com que o diretor reescrevesse o projeto como um longa: “Vieram junto três coisas: o meu avô, que tinha Alzheimer e apesar de não me reconhecer conversava com seus amigos da mesma idade; a música, já que essa canção sempre viveu impregnada na minha vida; e um casamento de idosos que vi na tevê no abrigo D. Pedro II”.<br /><br /><strong>Expectativa</strong><br /><br />Filmado em 2001, “Esses Moços” só chegou aos cinemas seis anos depois, devido a uma crise na sociedade da produtora do seu filme. Esses problemas na produção deram tempo ao diretor para que fizesse algumas modificações: “Fiquei um ano com o filme parado. Quando voltei, remontei e tirei vinte minutos”. <br /><br />Outro problema que enfrenta “Esses Moços” é algo muito comum nas produções nacionais: a distribuição. “Hoje nos EUA quase todos os orçamentos dos filmes chegam a 50% na parte de comunicação. Aqui não. Primeiro se filma e depois vai ver onde arranjar o dinheiro para finalizar”, comenta Araripe, incluindo seu próprio filme à lista. “Hoje a probabilidade de sucesso de um filme está ligado ao volume de publicidade que ele tem. Não tenho nenhuma expectativa em relação a ‘Esses Moços’. Ele está com duas cópias em 35 mm. A jogada que eu fiz foi acreditar na distribuição digital, que hoje já tem mais ou menos 90 salas” É graças ao mercado digital de distribuição que o filme conseguiu ser lançado simultaneamente em três cidades: Salvador, São Paulo e Brasília.<br /><br /><strong>Cine PeBa</strong><br /><br />Sobre a atual situação do cinema baiano, Araripe é otimista e afirma que as coisas nunca estiveram tão prósperas: “Todas as gerações estão filmando. Desde Rex Schindler até o garoto de 14 anos. Tem escola, cinema de arte e uma nova política pública”. <br /><br />Mesmo assim, o diretor compara que o cinema baiano ainda está muito atrás dos vizinhos pernambucanos: “Eles são mais articulados com o sudeste, coisa que nós não somos. Se vai fazer o filme, não faz pensando que ele tem de ser produzido só na Bahia”, analisa Araripe, que dá o exemplo de “Cidade Baixa”, do baiano Sérgio Machado como um modelo de atitude a ser seguido. <br /><br />“‘Samba Riachão’ ganhou o festival de Brasília e todo mundo achou que ia ter uma distribuição fácil. Com ‘Eu Me Lembro’ foi a mesma coisa e nenhum dos dois foi pra lugar nenhum. Por que Cidade Baixa foi? Porque foi feito no mesmo modelo que o “Baixio das Bestas”, “Amarelo Manga”e “Ó Pai Ó”. Se é bom ou ruim, às vezes não importa.”<br /><br /><strong>A Cidade Baixa de “Esses Moços”</strong> <br /><br />Apesar do filme ser passado em Salvador, e do próprio diretor afirmar que ‘sua história poderia se passar em qualquer lugar’ a região que se sobrepõe nas cenas do filme é a Cidade Baixa, e isso não é uma coincidência: “A cidade é um personagem do filme”, diz Araripe, “Jorge Alfredo disse uma coisa interessante que “Esses Moços” deveria se chamar “Cidade Baixa” e “Cidade Baixa” deveria se chamar ‘Esses Moços’”, lembrando que a importância da região de Salvador no seu longa, maior até do que no filme de Sérgio Machado.<br /><br />Mas dentro da Cidade Baixa, uma área em especial ganha destaque: a região próxima à estação da Calçada: “Eu não mostro o Elevador Lacerda, o Mercado Modelo porque eu tentei mostrar uma coisa ligada a estrada do ferro. Aquilo tudo foi construído em função de uma espécie de organização social voltada pro trem. Quando eu quis mostrar aquela cidade decadente, eu quis mostrar que aquela textura de decadência está ligada com a decadência do sistema rodoviário”, conclui Araripe.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-64504533593508709232007-05-25T05:02:00.000-07:002007-05-29T10:26:26.100-07:00Estréia é comentada em A TARDE<strong>Debate e crítica.</strong><br /><br />Depois da pré-estréa ontem à noite na Fundação Joaquim Nabuco<br />em Recife, onde o debate com participação de agentes comunitários<br />reafirmou a vocação do filme de ser apreciado de forma muito especial pela pessoas que labutam no terceiro setor e conhecem a realidade dos que moram na rua,<br />leio o texto de João Sampaio em A Tarde que demonstra que escrever sobre filmes é antes de tudo respeitar o artista em seus contextos.<br /><br />A TARDE - Caderno 2 Sexta-Feira , 25/05/2007<br /><br /><strong>SAUDOSISMO</strong><br /><br />JOÃO CARLOS SAMPAIO <br /><br /><br />Depois de um demorado processo de produção, iniciado em 2002, o filme Esses Moços, primeiro longa-metragem do cineasta baiano José Araripe Jr., chega finalmente ao circuito de cinema.<br />A fita, que já passou por sessões especiais e festivais, incluindo a Mostra Internacional de São Paul o , estréia hoje em Salvador, Brasília e São Paulo.<br />Esses Moços conta a história de duas irmãs que fogem do interior para viver na capital baiana. Nas ruas, elas encontram Diomedes, um homem idoso que está desmemoriado.<br />O ator Inaldo Santana – protagonista de curtas-metragens como Lyn e Katazan, de Edgard Navarro, e O Anjo Daltônic o , de Fábio Rocha – encarna o simpático velhinho. As garotas Chaeind Santos e Flaviana Silva, escolhidas após cerca de 300 testes, interpretam as meninas em situação de rua.<br /><br /><strong>FASCÍNIO</strong> – Salvador se descortina para as irmãs a partir da chegada na Cidade Baixa, pelo ferryboat vindo da Ilha de Itaparica.<br />O diretor José Araripe Jr., 46 anos, de Ilhéus, tenta sintetizar o mesmo fascínio que sentiu ao pisar na capital pela primeira vez.<br />Lembra, inclusive, que rodou um curta em Super 8 sobre isso. A fita, batizada de João Cidade, é o confronto adolescente de Araripe com a metrópole.<br />A Cidade Baixa é o cenário no qual todo o filme se desenvolve. É lá que as irmãs vão conhecer a dureza da vida em situação de rua, encontrar a maldade do bando de meninos, que lembram os capitães da areia, de Jorge Amado. Ao pedir esmolas, vão sentir o desdém dos que poderiam apoiá-las e descobrir que a ajuda pode vir do inesperado, pelas mãos do pobre trabalhador local, que lhes oferece pão.<br />O velho vivido por Inaldo Santana aparece na vida das meninas como uma possibilidade de sensibilizar mais os transeuntes e melhorar o ganho com as esmolas.<br />Só que, aos poucos, elas vão se sentir atraídas – primeiro a caçula, depois a mais velha – pelo jeito indefeso e dócil do idoso, que carrega uma misteriosa valise e uma alma de poeta.<br />O trio forma um núcleo familiar familiar incomum, que simboliza a esperança de superar as adversidades e a aspereza do desamparo na rua, usando de ternura e preocupação para com o outro.<br /><br />IMAGENS DA MEMÓRIA – Araripe é fã confesso do cinema silencioso de Charles Chaplin, mas também dos pioneiros Georges Méliès, conhecido pelos truques que exploravam a mágica do audiovisual, e Dziga Vertov, documentarista, autor de uma obra que discute a própria natureza do cinema como registro do real.<br />Essas influências inspiraram o cineasta a criar um dos curtasmetragens brasileiros mais premiados e importantes da década de 90. Trata-se do primeiro trabalho profissional de Araripe, Mr. Abrakadabra! (1996), que conta a história de um velho mágico obcecado pela idéia do suicídio, recuperado à vida pelo feliz encontro com um garoto praticante das artes circenses.<br />De certa forma, o desmemoriado Diomedes (também o nome do bisavô de Araripe) é uma extensão daquele mágico de Mr.Abrakadabra!, que era interpretado pelo saudoso ator Jofre Soares.<br />Naquele exercício de curtametragem, o autor fazia a sua reverência ao cinema silencioso e buscava o mesmo tom das encantadoras histórias de Chaplin, sempre ternas e oscilantes entre o riso e a lágrima.<br />Araripe rodou dois curtasmetragens entre a citada obra de estréia e Esses Moços, os filmes Radio Gogó e O Pai do Rock (um dos episódios do longa 3 Histórias da Bahia). Só que nenhum dos dois dialoga tanto com o longa-metragem do que aquele filmete sobre o mágico suicida.<br />O protagonista de Esses Moços também tem alma de artista, não é ilusionista, mas é músico. No entanto, ele faz mágicas ao tirar um som soprando um pente e ao mostrar outros truques que vão alcançar o coração das duas meninas.Ele não pensa em suicídio, porque sequer tem um passado.<br />Simplesmente não lembra quem é e nem tem o que lamentar. Talvez uma situação ainda mais trágica que a do mágico.A redenção para o tipo é quase impossível. O mágico de Mr.<br />Abrakadabra! desiste de se matar, mas o velho Diomedes não tem escolha, sobra apenas os momentos de alegria que pode ter com as meninas ou nos furtivos encontros com pessoas queridas.<br />A vida deste homem está no passado. Justamente por isso o título do filme é Esses Moços, uma evocação à saudosista canção homônima de Lupicínio Rodrigues, que ganha uma bela versão na voz de Gilberto Gil, gravada especialmente para o filme.<br />Apesar do título, não há moços no filme de Araripe. A mocidade está no passado de Diomedes e no futuro que as meninas poderão ter. As fases tão distintas da vida dos personagens encontram a comunicação possível pela carência comum. Juntos, tentam achar meios para dar mais cores aos dias cinzas que experimentam. <br /><br /><strong>Filme explora os cenários urbanos da Cidade Baixa</strong><br /><br />Comparado ao recente Cidade Baixa (2005), obra de outro diretor baiano, Sérgio Machado, Esses Moços explora muito mais os cenários urbanos da parte baixa da capital baiana. Não se fixa nos cartões postais óbvios, como o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo e mostra a Praça do Mercado do Ouro, a Feira de Água de Meninos, a Estação de Trem da Calçada e o Subúrbio Ferroviário.<br /><br />O roteiro do filme, escrito pelo próprio José Araripe Jr., em parceria com Hilton Lacerda, Ricardo Soares e Victor Mascarenhas, ressalta a cidade como mais um personagem da trama. Há uma Salvador que abre os braços e outra que cerra os punhos para as migrantes mirins.<br /><br />Os bons trabalhos de fotografia e direção de arte destacam estas diferenças.<br /><br />As cidades distintas ficam evidentes na fotografia de Hamilton Oliveira (o mesmo de Eu Me Lembro ), que explora dois tipos de paletas de cores. Há tons fortes para as cenas de tensão, no que poderia se chamar de cidade que nega chance às meninas, assim como há cores mais brandas para a fotografia dos lugares praieiros do subúrbio, onde as irmãs encontram acolhimento.<br /><br />Araripe criou um filme centrado nos personagens, diferentemente da opção pelos filmes de narrativa. Boa parte da ação se constitui em delinear os três tipos centrais e mostrar as suas características. Talvez esteja no desequilíbrio entre privilegiar as figuras e não a história o ponto mais fraco deste longa-metragem.<br /><br />Muitas pequenas coisas acontecem durante a trama de Esses Moços, mas é difícil achar uma história tão densa e madura no mesmo nível de cuidado dispensado à composição dos tipos. Isso cria um pouco de frustração e deixa o filme com o ar de um conjunto de intenções que não conseguem se concretizar na tela com toda a força do seu argumento original.<br /><br />Ainda assim, uma empreitada cheia de proposições poéticas e um tom de candura bastante raro no cinema brasileiro atual (JCS).Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-67162843963223534782007-05-23T08:01:00.000-07:002008-12-12T21:53:50.758-08:00Exibição para moradores de Rua<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiry6MnAeaTENNa1wwuBJhWqypmvM3urxICGt0BYWNHVkSHmKKl14SiaCXdQJL422hz9KOyuGLs3Rjw2yy6X1ro9b8yOK6n1Dp3_0LjTINs-BHefer1VOe_8AUM4bTGNF8IrNcjoJwbm2Pa/s1600-h/projecao2.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiry6MnAeaTENNa1wwuBJhWqypmvM3urxICGt0BYWNHVkSHmKKl14SiaCXdQJL422hz9KOyuGLs3Rjw2yy6X1ro9b8yOK6n1Dp3_0LjTINs-BHefer1VOe_8AUM4bTGNF8IrNcjoJwbm2Pa/s200/projecao2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5067781781204607074" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurXwIsVdT2QrkFGezXHetf6yt67gtCQhms9DchCxMrqHBVBH2lcR8yIyu4u_Dpynmx9jyXDYj4qK8O2qCqeC9BJ6JURqt-W3zGT7kG5IlgMmfAq-Mn29FwsAqUCgkGPX0wkRY-niaDdSL/s1600-h/projecao3.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgurXwIsVdT2QrkFGezXHetf6yt67gtCQhms9DchCxMrqHBVBH2lcR8yIyu4u_Dpynmx9jyXDYj4qK8O2qCqeC9BJ6JURqt-W3zGT7kG5IlgMmfAq-Mn29FwsAqUCgkGPX0wkRY-niaDdSL/s200/projecao3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5067781686715326546" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUYWFMDw3EXRD8kaYIglRfE2Krro8fN7IU5lto0bZiyCBmn62u2CKcMyCaugrVPaG1y6PkEqM6i5C4WOHtmeiJmXvj0oilcpPLbnIq0fhIJ824ZZlyU8cd8VcauOg360EnYIAJ0QyfvOS0/s1600-h/projecao4.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUYWFMDw3EXRD8kaYIglRfE2Krro8fN7IU5lto0bZiyCBmn62u2CKcMyCaugrVPaG1y6PkEqM6i5C4WOHtmeiJmXvj0oilcpPLbnIq0fhIJ824ZZlyU8cd8VcauOg360EnYIAJ0QyfvOS0/s200/projecao4.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5067781081124937794" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh53HewWUlgfz0pXYZ6R3XB_KbDDaUs9YgJHOzzKA4LBPbf3slaJQb2oBeWHf0g8KvuKl4CKSPO9PDcbA_SaXG5fusw5tVLvnw5aPEfSNxgEkuzitzaoCv8mUqVgXltTerg5ca9SeplW6pl/s1600-h/proje%C3%A7%C3%A3o_1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh53HewWUlgfz0pXYZ6R3XB_KbDDaUs9YgJHOzzKA4LBPbf3slaJQb2oBeWHf0g8KvuKl4CKSPO9PDcbA_SaXG5fusw5tVLvnw5aPEfSNxgEkuzitzaoCv8mUqVgXltTerg5ca9SeplW6pl/s200/proje%C3%A7%C3%A3o_1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5067780913621213234" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><strong>Gente como Darlene, Daiane e Diomedes</strong><br /><br /><br />Na cidade baixa, na altura de água de meninos,<br />existe uma Igreja "abandonada" rara, pois não é dedicada a nenhum santo.<br />Trata-se da Igreja da Trindade.Dedicada a santíssima trindade. Quem cuida dela e dá um finalidade especial há mais de 6 anos é o irmão Henrique um peregrino francês que escolheu Salvador para realizar um trabalho de dar apoio, solidariedade e abrigo a mais de 40 moradores de rua. <br /><br />O projeto não é paternalista, pois estimula os sem tetos a recuperarem sua dignidade com trabalho e moradia. Algumas casas inclusive já foram construidas no terreno contíguo. Hoje a igreja da Trindade é a sede do primeiro jornal de rua de Salvador O AURORA DA RUA que a exemplo de NY, RJ e SP (revistas Ocas)reverte 75% da venda para o morador das ruas.<br /><br /><strong>Cinema com direito a pipoca e bate papo com a equipe</strong><br /><br />Nesta terça a comunidade que já havia recebido a equipe de Esses Moços há seis anos, quando alí foi rodado a cena de João Miguel encenando trecho do monólogo original do sucesso teatral <em>Bispo de Jesus</em>, montou um cineminha e acolheu com sensibilidade o filme que conta um história ficcional de moradores de rua. A receptividade a exemplo da exibição da calçada foi calorosa, o que vem cada vez mais demonstra que Esses Moços é um filme que toca fundo as pessoas.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-9081053959278219342007-05-18T20:07:00.000-07:002007-05-18T20:10:09.961-07:00Cinema no caminho de casa<strong>Pré-estréia de “Esses Moços” atrai <br />convidados e curiosos para estação da Calçada</strong> <br /> <br />Lucas Cunha<br />Do A Tarde On Line<br /><br />Muitos convidados do meio artístico baiano e alguns curiosos que estavam a caminho de casa formaram o público que assistiu à pré-estréia de “Esses Moços”, filme do cineasta José Araripe Jr., na estação da Calçada, na noite da última quinta, 17.<br /><br />Mas as duas pessoas mais animadas com a exibição do filme pareciam ser as garotas Cheyend Santos, 14, e Flaviana Silva, 20, protagonistas de “Esses Moços” ao lado do experiente ator Inaldo Santana. “Lá na rua me perguntavam: esse filme vai sair ou é uma piada?”, disseram quase em uníssono as duas sorridentes garotas, que agora convidam os mesmos descrentes colegas de bairro e colégio para ‘assistir ao filme pra dizer se gostam ou não e encher o Multiplex’. É que o longa, que chega no circuito comercial em São Paulo e Salvador no próximo dia 25 de Maio, demorou seis anos entre as filmagens e seu lançamento para o público. <br /><br />Elogios<br /><br />Parece ter sido uma noite especial também para Araripe, que durante toda a exibição ficou dando entrevistas para programas locais de TV. “Só deu para ouvir as palmas no final”, disse o diretor, enquanto recebia os parabéns dos vários amigos e colegas do audiovisual baiano presentes: “Só ouvi comentários maravilhosos. A gente nunca vê nos jornais ou nos sites as opiniões das pessoas. Só a opinião de uma pessoa”, comenta Araripe, talvez já se defendendo de futuras críticas que “Esses Moços” possa receber por parte da imprensa especializada.<br /><br />Um dos elogios veio do colega cineasta Fernando Beléns, diretor do ainda inédito “Pau Brasil”, à espera da resolução do impasse com questões de verba para poder ser finalizado e chegar aos cinemas. “Você remontou o filme? Porque cada vez que vejo eu gosto mais”, comentou Beléns ao colega, rasgando-se em elogios. “Não, só houve uma mudança na marcação de luz. Mas umas quatro pessoas vieram me perguntar isso”, respondeu Araripe. “Então mudei eu. Mas o que pode fazer uma marcação de luz, hein?”, finalizou Beléns caindo na gargalhada.<br /><br />Público<br /><br />E o público que não é da turma do cinema? O que achou do filme? Alguns garotos da ONG Bagunçaço, que estão participando do projeto TV Lata (uma espécie de tevê na internet), apareceram na Calçada para captar algumas imagens, entrevistar o pessoal do filme, e, claro, ver “Esses Moços”: “Gostei do filme porque mostra o que acontece no dia-a-dia de uma criança que vive na rua, sem pai nem mãe. É dessa forma que ela tenta achar uma forma de ganhar dinheiro”, analisa Bruno Rodrigues, 17, membro do projeto. “Ele fala não de vivência, mas de sobrevivência”, faz questão de deixar claro um outro colega de Bruno, também do Bagunçaço.<br /><br />Já um espectador italiano comentou que “Esses Moços” não lhe convenceu: “Ele acaba querendo condensar tudo. Era uma abundancia de elementos para uma história curta. Uma necessidade de contar tudo que enche o saco”, disse o italiano que não quis se identificar. Mas seu amigo, o espanhol Daniel Miracle, da Bagunçaço, gostou do filme: “Gostei das paisagens mostradas e tem várias cenas engraçadas”.<br /><br />Por fim, a população, que estava na estação apenas aguardando seu trem para ir para casa e teve como surpresa ver parte de “Esses Moços”: “Ele mostra a realidade, os lugares que eu conheço”, disse Jorge Luis, 55, aposentado, que mora próximo à estação, na própria Calçada. A ‘realidade’, ou seja, um filme que mostra sua própria cidade, parece ser o ponto mais abordado pela população, como no caso do estudante de 22 anos, Daniel Leal: “A gente está acostumado a ver aqueles filmes de fora. É bom ver um filme da gente”. Agora, resta esperar o dia 25 e ver se outros baianos terão interesse em ver esse filme ‘da gente’.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-89609591574296747022007-05-15T19:06:00.000-07:002007-05-18T20:12:36.670-07:00PRÉ ESTRÉIA NA ESTRADA DE FERRO<strong>Estação da calçada nesta quinta<br />vai virar cinema </strong><br /><br />Projeção 35 mm na Gare da Estação, aberto ao público.<br />com apoio do Governo do Estado da Bahia, Secretaria de Cultura da Bahia, Prefeitura Municipal de Salvador, Fundação Gregório de Matos, IRDEB/TVE, Desenbahia e Rede Bompreço.<br /><br />Todos estão convidados.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-8630641921056393812007-05-02T20:40:00.000-07:002008-12-12T21:53:50.790-08:00Esses Moços - estréia 25 de Maio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwEQ_Np5KekmlimP9h72RdH9Dv4xYT6f0V_nUaDTtEfXH-XJLhhbM2KT32NhdZU8y9pLkcJT3rhn3v9m8Uhwk5XXvS3bXYslHkCGcGwYiALoJufwY48xOMxLUSSFUCgxon_6lb1ypP_bmM/s1600-h/Inaldo+sozinho+no+centro+da+p%C3%A1gina.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwEQ_Np5KekmlimP9h72RdH9Dv4xYT6f0V_nUaDTtEfXH-XJLhhbM2KT32NhdZU8y9pLkcJT3rhn3v9m8Uhwk5XXvS3bXYslHkCGcGwYiALoJufwY48xOMxLUSSFUCgxon_6lb1ypP_bmM/s200/Inaldo+sozinho+no+centro+da+p%C3%A1gina.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5060180839090725154" /></a><br /><strong>Lançamento em São Paulo e Salvador.</strong><br /><br />Dia 25 de Maio:<br />Salvador - circuito Sala de Arte e no Multiplex Iguatemi.<br />São Paulo - HSBC BELAS ARTES.<br />Brasília - Academia de tênis.<br /><br />Dia 17/05 pré-estréia na Estação da Estrada de Ferro da Calçada.<br />Salvador<br />Dia 24/05 pré-estréia na Fundação Joaquim Nabuco<br />Recife<br /><br /><strong>Esses Moços, um filme que encanta os olhos e esquenta o coração </strong><br /><br /><br />Depois do sucesso de <em>Cidade Baixa, Eu me Lembro e ó Pai ó</em>, o cinema baiano vem se mostrando-se vigoroso e criativo apoiando-se numa geração de atores que dispensa apresentações. Ao lado de Pernambuco, a Bahia que já vinha esquentando as turbinas com excelentes curtas, agora se apresenta com uma produção mais consistente de longas metragens; onde o tradicional regionalismo cede espaço para histórias universais, ricas em linguagem e conteúdo. <br /><br /><em>Esses Moços</em> talvez seja o mais singelo exemplar desta nova safra, trata de tema comuns às grandes cidades do Nordeste: a violência convivendo com a desesperança - porém sem resvalar no sensacionalismo corrente e muito mais que isso: com um olhar minimalista e poético que descortina novas leituras emotivas e sensoriais. <br /><br />A fábula do encontro entre o maior e o menor abandonados ganha uma escritura madura embalado pelo poder mágico da música, que é a chave da narrativa. <br /><br />Trata-se um filme que busca matizes mais profundos na relação com o espectador, e é capaz de conquistar qualquer faixa etária no enlace para sua compreensão. <br /> <br /><br /><strong>O cenário: uma cidade em cima da outra.</strong><br /><br />Nas ruas de Salvador da Bahia, entre o Comercio e o Subúrbio ferroviário, existe uma cidade esquecida, pedindo socorro. O outrora fausto do porto e da ferrovia à beira da baía de todos os santos, foi substituído por vilas decadentes de operários, ferroviários e pescadores que lutam pela sobrevivência e pela atenção do poder público. É nesse universo que mescla abandono e profunda beleza natural, onde <em>Esses Moços</em> se desenrola. <br /><br />Trata-se de uma fábula urbana sobre amizade, memória, e o poder sublime da música. Darlene, menina adolescente que já vive na rua, chega à cidade trazendo sua irmã pequena; reproduzindo o que aprendeu com os adultos, usa a irmã para pedir esmolas.<br /><br />Quando encontram Diomedes, um senhor idoso que foi agredido e encontra-se em choque, resolve ajudá-lo à pedido de Daiane, a irmã; assim arrastam o desconhecido – que acham ser cego, surdo e mudo - pela cidade, e o exploram como pedinted dando início a uma relação que suprenderá a todos. <br /><br />O trio atravessa a cidade em 48 horas e a estrada de ferro os conduz a um passado de desmemórias, a um futuro de desejos desconhecidos, e ao presente dos suburbios que ainda guardam traços da vida pacata e tradições. <br /><br />Surpreendente e poético a cada cena, o drama dos três personagens pode ser considerado um <em>street movie</em> - juntos vivem uma aventura de muita ação nas ruas da cidade baixa. <br /><br />Em momento algum em <em>Esses Moços </em> repete a abordagem comum que o Brasil está acostumado a ver no cinema, quando se apresentam personagens em situação de risco, calcados no olhar preconceituoso sobre a marginalidade. Não há lugar para grandes maniqueísmos, em <em>Esses Moços</em> os estereótipos cedem lugar à sutileza e a delicadeza. <br /><br />Imperdível: Uma viagem pelos sentimentos humanos capaz de envolver pessoas de qualquer idade.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-81012922227969963642007-04-15T09:54:00.000-07:002008-12-12T21:53:50.977-08:00Esses Moços: nossos roteiristas.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwbBG-T7seVtbrps4TDVe8BtUl83Id7mgw2ZZ42kpXfEFi7TtSNUylV5FgELpt9BPusuCNieFuRxrd0OjaGjtb5pDo2dx-JsQjgq6bAA2Pbmgg0y7Etjp8wSTRsAg_IQIIWrbPXHd49H0v/s1600-h/Meninas+dormem.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwbBG-T7seVtbrps4TDVe8BtUl83Id7mgw2ZZ42kpXfEFi7TtSNUylV5FgELpt9BPusuCNieFuRxrd0OjaGjtb5pDo2dx-JsQjgq6bAA2Pbmgg0y7Etjp8wSTRsAg_IQIIWrbPXHd49H0v/s200/Meninas+dormem.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053707132970304322" /></a><br /><br /><strong>Esses Moços, cinema poético com talento nordestino.</strong><br /><br /><br /><br /><br /><br />Principal colaborador em <em><em>Esses Moços</em></em>, <strong>Hilton Lacerda</strong> é conhecido por um safra de filmes e roteiros bem sucedidos na nova cinematografia Brasileira.<br /><br /><strong>vejam matéria publicada em A Tarde on line</strong>(por Lucas Cunha)<br /><br />13/04/2007 - 22:14 <br />Diretor (de Cartola) tem larga experiência como roteirista<br /> <br />O pernambucano Hilton Lacerda marcou sua estréia na direção de longas com “Cartola”, mas seu nome já é muito conhecido como roteirista. Apesar de já ter dirigido dois curtas, “Simião Martiniano, O Camelô do Cinema” (documentário) e “A Visita” (ficção), Lacerda fez seu nome no cinema nacional participando dos roteiros de “Baile Perfumado” (1997), “Amarelo Manga” (2002), “Árido Movie” (2004), além de produções que devem entrar em cartaz ainda em 2007 como “Os 12 Trabalhos”, “Baixio das Bestas” e até o longa do cineasta baiano José Araripe Jr, “Esses Moços” (que deve estrear no próximo dia 25 de Maio). <br /><br />“Quando participei do roteiro do filme do Araripe, em 2002, ele já estava praticamente pronto. O que fizemos foi retrabalhar alguns pontos. Ficamos uns 15 dias na Chapada fazendo isso. Tenho uma relação bacana com a turma da Bahia, com o Araripe, o Póla (Ribeiro). Meus curtas foram montados aí na Truq (produtora baiana)”. Outro projeto de Hilton ligado à Bahia no qual está começando a trabalhar é um roteiro para a adaptação cinematográfica do livro “Capitães de Areia”, de Jorge Amado<br /><br /><strong>Os outros roteiristas:</strong><br /><br />Ricardo Soares, paulista, jornalista, foi o criador do programa Metrópolis da TV cultura, e apresenta Literatura na TV Sesc . Também é escritor de livros infanto-juvenis e diretor de documentários. Atualmente colabora na revista Rolling Stones<br /><br />Victor Mascarenhas, baiano, é redator publicitário e realizou o vídeo “Pop Killer”. Realiza pós- graduação em roteiro na faculdades Jorge Amado. Já havia trabalhado com Araripe em “O Pai do Rock”.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-55452901810656613342007-04-07T13:08:00.000-07:002007-04-07T13:14:17.742-07:00Quem viu achou o quê?<strong>Alguns depoimentos de espectadores</strong><br /><br /><br />Nas exibições em mostras e festivais, no Brasil e no exterior,<br />recebí alguns depoimentos sobre Esses Moços e que reproduzo aqui<br />para dá um panorama da receptividade.<br /><br /><br />“Um trabalho bonito, limpo e poético ...<br />Saí do cinema feliz da vida. Da vida de nós e dos outros moços. Lembrei de meu pai que partiu... Essa moçada que envelhece carregando o peso da sabedoria. Da estética decadente e elegante. Em fim, tudo de bom. Música de excelência e imagens que levam uma Bahia recente. De agora mesmo...<br /><br />Marcelo Sá – programador da Sala de Arte<br /><br />Parabens pelo filme! Locações escolhidas a dedo, excelente montagem. Gostei do ritmo que você deu à história. A atuação das meninas, especialmente a mais nova, também é muito boa. O final é muito interessante... sensível e realista, gosto muito disso.<br /><br />Paula – Produtora do longa “Estranhos” <br /><br />“...Fiquei pensando nos filmes que tinham me provocado este sentimento nos últimos tempos: “Esses Moços”, de Araripe, que nos sinalizou lá no Mr. Abrakadabra! qual era o seu barato, foi o primeiro. Vi o filme e me encheu o coração de lembranças, tocante, poético, e terno. É uma espécie de cinema que você só falta sentir o cheiro, remete a um lugar do seu inconsciente que anda meio adormecido, não tem tido muito espaço de manifestação, tampouco tem sido exercitado. Tem alma.”<br /><br />Clélia Bessa – Produtora de Cartola – música para o olhar.<br /><br /><br />Tem a cara da Bahia, tem a interpretacão de verdade (e não aquela pasteurizada do cinema que se calca em caras e bocas), tem uma super preparacão de atores (o que são aquelas meninas!!!!) ... Aquilo sim é a problemática social brasileira de fato. Gostei muito.<br /><br />Daniela Carneiro – continuísta de cinema e tv<br /><br /><br />“Tanto eu quanto Regina e meu filho Alberto ficamos encantados com o grau de humanismo que você conseguiu transmitir aos espectadores através de duas crianças de temperamentos tão antagônicos, vivendo como meninos de rua no subúrbio de Salvador...<br />...Esses Moços, para mim, é um dos filmes mais humano e mais atual que já assisti nos últimos tempos. De uma ousadia sem limite ao por na telona rostos desconhecidos, rosto que a mídia não conhece e por isso não dá espaço."<br /><br />Rex Schindler – Produtor de Barravento<br /><br /><br />"... E que filme! Foi emocionante ver aquela<br />historia tão pungente, vista de forma tocante e ao<br />mesmo tempo com uma singeleza sem par. Não me<br />esqueci e nem vou me esquecer, pois ele realmente me<br />tocou."<br /><br />Mariângela Chiari - Fotógrafa de Minas Gerais<br /><br /><br />“ O filme, primeiramente, é muito bem feito, tecnicamente falando. O roteiro bem escrito, a montagem bem trabalhada e, principalmente, uma belíssima fotografia. Um elenco muito bem escalado, no qual via-se um entrosamento entre eles. Não acompanhei a filmagem, claro, mas percebi isso. Queria destacar as personagens centrais (as duas atrizes mirins e o ator veterano, dos quais eu esqueço o nome agora). Ótimo trabalho! O filme é bastante poético em certos momentos, contrastando com algo mais concreto, real em outros ao mostrar a trajetória das meninas de rua e a realidade vivida por elas. Belíssimo trabalho!<br /><br />Carlos Baumgarten - Estudante de Jornalismo <br /><br /><br />“Esses Moços” envolve pela proximidade. A reflexão deste filme apresenta pitorescamente um “avô”: Sr. Diomedes, um homem que é cego e não é cego; um homem que é surdo e não é surdo; um homem que é idiota e não é idiota; no enlace do encontro com duas crianças: meninas que tem mãe e não têm mãe; meninas que tem inocência e que não tem inocência; crianças que tem espontaneidade. Personagens da cidade que transitam no mundo da abstração. Se por um lado, o velho Diomedes se separa da cidade imediata em detrimento à preservação do seu mundo lúdico, por outro lado, as crianças criam o seu mundo. “... eu quero ser polícia para assim poder roubar e não ser presa...” “- eu sonhei com um homem me matando...” “...- esquece isso” “- Mas pode dormir de luz acesa?”. A repetição das personagens urbanas, neste filme de Araripe Jr., dá-se na dura poesia. Outras personagens encaixam-se nos arredores. Comida, música e casinha amarela de portões azuis. A representatividade do lugar, dos costumes, das crenças, da linguagem de um determinado povo é vista neste filme assim como os ritus de passagens são eternos. Um longa metragem que de fato envolve pela proximidade de referências. <br /><br /> <br />Neidja de Carvalho - Estudante universitáriaEsses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-25503379052149723892007-04-07T06:15:00.000-07:002008-12-12T21:53:51.115-08:00Lázaro Machado em sua estréia no cinema<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIA0UC1IyLnIUGnhspCyO5nsgcOwvplq9Ucmxv-zAU1E4qFgounPtdVUpw7zaxmd9W9TVWjvznaxLZvpezk0AzCuXCtUC_XxJR1buLWe7lGecSiE9X4GLvwJgebjaxRslkTz2s0PbNa2c9/s1600-h/Darlene+e+Farelo+conversam.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIA0UC1IyLnIUGnhspCyO5nsgcOwvplq9Ucmxv-zAU1E4qFgounPtdVUpw7zaxmd9W9TVWjvznaxLZvpezk0AzCuXCtUC_XxJR1buLWe7lGecSiE9X4GLvwJgebjaxRslkTz2s0PbNa2c9/s200/Darlene+e+Farelo+conversam.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5050675235119463074" /></a><br /><strong>Capitães de areia</strong><br /><br />A organização não governamental Projeto Axé apoiou a elaboração do roteiro assessorando com suas pesquisas sobre a situação de risco em que vivem as crianças moradoras de rua na região do Comércio na Cidade Baixa em Salvador – região onde registra-se um grande números de ocorrências de violência contra menores; inclusive com acentuado índice de prostituição infantil. A zona portuária retratada há mais de 40 anos no romance Capitães de Areia de Jorge amado, ainda convive com os moradores da praia; em Esses Moços eles são personagens que pontuam os conflitos que ameaçam o trio de protagonistas, o jovem ator Francisco Pithon, vive Piolho o líder de um gang, contrapondo-se a ele um ex-menino de rua, gay, que assume a defesa do meninas –trata-se de Farelo, vivido pelo ator originário do Bando de Teatro Olodum, Lázaro Machado, atualmente em O pai ò, em sua primeira experiência no cinema, onde faz um pastor carismático.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-4586177693415348852007-04-07T05:58:00.000-07:002008-12-12T21:53:51.345-08:00Esses Moços na estrada de ferro.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNPXzolKzNKssR29bxh2qPKm3o9rt3W-wTKFHoTclGyLBM0eQMAYFp3kohoSNtSB5rPfM7MaeyrerBNxC6_V9P0xjppxgy89BgUdUciUsnjxWakTsViAxCbLmOuO49RbFcmVlc4DT5T7mp/s1600-h/Os+dois++e+trem.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNPXzolKzNKssR29bxh2qPKm3o9rt3W-wTKFHoTclGyLBM0eQMAYFp3kohoSNtSB5rPfM7MaeyrerBNxC6_V9P0xjppxgy89BgUdUciUsnjxWakTsViAxCbLmOuO49RbFcmVlc4DT5T7mp/s200/Os+dois++e+trem.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5050686513703582386" /></a><br /><br /><strong>Olha, olha o trem!</strong><br /><br />Filmado durante um mês praticamente todo na rua, Esses Moços, tem cenas filmada no ferry boat que faz a travessia Itaparica-Salvador. Foi uma operação de guerra e todas as cenas foram realizadas em uma única viagem de carreira, no mais o privilégio concedido pela empresa concessionária foi apenas em relação ao estacionamento dos carros cênicos; parecidas foram as diversas tomadas nos trens: apenas um vagão reservado em duas viagens de ida e volta – aprox 40 min. Região conflituosa: as janelas eram fechadas para a equipe não sofrer com os costumeiros apedrejamentos dos vagões.<br />Evocando o trem, esse personagem mítico da gênesis do cinema faz a ligação entre as várias cidades baixas que costeam a baía de todos os santos. Houve um tempo de fausto em que a ferrovia trazia status social de respeitabilidade a seus operários e técnicos, ao ponto de que os filhos herdavam os empregos dos pais, estatutáriamente falando. As diversas estações agrupavam conjuntos habitacionais reservados aos funcionários da rede. A decadencia do sistema é mais que uma metáfora do processo de desmemória do personagem, toda um cidade atravessada por esse travelling apresenta os traços da erosão social que o abandono do sistema gerou. É possível presenciar a grande colonia de marisqueiros que se amontoam como garimpeiros numa serra pelada em busca do sustento.O contraste entre a geografia e a presença predatória e cultural do homem está alí no olhar dos personagens, nos enquadramentos das janelas dos passageiros e através das lentes dos autores.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-66233963717578871972007-04-05T04:07:00.000-07:002008-12-12T21:53:51.483-08:00O talento da Bahia nas telas.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQKsKAYW3xAGlbQags3X0Z9liMqQss9WuWoG8Wtq8jFBhTwoOFVSDzdYraTNmlLoXrTODeYHvKkRjZ4Ax1VFaoypzJDHi_NxedZX7nJ-a-rQXyhLTWOdqkmt-Q6Or8IInejSVWallHHsYX/s1600-h/Navarro,+Deolinda+e+Arnilda+no+abrigo.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQKsKAYW3xAGlbQags3X0Z9liMqQss9WuWoG8Wtq8jFBhTwoOFVSDzdYraTNmlLoXrTODeYHvKkRjZ4Ax1VFaoypzJDHi_NxedZX7nJ-a-rQXyhLTWOdqkmt-Q6Or8IInejSVWallHHsYX/s200/Navarro,+Deolinda+e+Arnilda+no+abrigo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5049900478853839442" /></a><br /><br /><strong>Arly Arnoud melhor atriz no Festival de Brasília</strong><br /><br />Em Esses Moços, a atriz Arly Arnoud que já havia trabalhado com José Araripe Jr. no teatro no espetáculo Oxente, gente Cordel! do Teatro Livre da Bahia, premiado nacionalmente com o Mambembão, faz sua estréia cinema. Arly depois de um bom tempo apenas produzindo TV, retoma sua carreira vivendo Arnilda uma enfermeira zelosa, da qual Diomedes foge como o diabo foge da cruz. <br />Arly Arnoud recentemente foi premiada como melhor atriz no Festival de Brasília por sua atuação em Eu me lembro de Edgard Navarro. Contracena com nomes conhecidos da cena baiana como Fafá Pimentel, Celso Jr e a estreante, musicista e atriz Neide Moura, que vive Diolinda a esposa do tocador de Tuba, Navarro (Manfredo Bahia),ator com carreira construída em SP e que agora retorna à Salvador. Apesar do Bahia no pseudônimo, Manfredo é Sergipano.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-67770235050433151972007-04-05T03:41:00.000-07:002008-12-12T21:53:51.751-08:00Esses Moços: MPB em movimento<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMQIdDlz4p61lC_UdXDSjema_HrSL441xvjYtoYmJ-LYwKO8lx2ENzDmZ4kyGTJsIZM7FNeR-roq4udw0JMTCC-4G3kuuItfAy06vN-kSxKoJWs1D0jFMRttuWC_w_2oOO9V4AEVkY5jld/s1600-h/Diomedes+tocando+garrafas.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMQIdDlz4p61lC_UdXDSjema_HrSL441xvjYtoYmJ-LYwKO8lx2ENzDmZ4kyGTJsIZM7FNeR-roq4udw0JMTCC-4G3kuuItfAy06vN-kSxKoJWs1D0jFMRttuWC_w_2oOO9V4AEVkY5jld/s200/Diomedes+tocando+garrafas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5049894491669428786" /></a><br /><strong>Uma Canção emblemática</strong><br /><br /><br />Esses Moços, traz a canção do gaúcho Lupicínio Rodrigues, já por mais uma vez evocada pelo cinema nacional. Nessa versão utilizada no filme quem canta é Gilberto Gil, acompanhado da flauta de Tuzé de Abreu. A canção foi escolhida inicialmente por uma questão afetiva e estética – ao se tornar o título do filme foi ganhando outra dimensão de relevância, na sincronicidade mágica que o cinema apresenta no seu fazer; pois contém a chave do filme: está ligada ao passado misterioso do personagem, e sua letra que traz um duplo sentido social e existencial, segundo dizem foi escrita para “prevenir” os jovens dos percalços e armadilhas do matrimônio. Essa canção imortalizada na voz de grandes nomes da musica brasileira vem acompanhada no filme de uma seleção de raridades entre eles exêrtos da obra revolucionária de Walter Smetak, o professor e músico austríaco-baiano, criador de instrumentos plásticos e microtônicos. Outro destaque da trilha é a cantora baiana Rebeca Matta. A trilha original foi composta por Beto Neves e a canção tema do personagem Diomedes é de Jorge Alfredo conhecido nacionalmente por sucessos como Rasta pé e o Reggae da Independencia, e também como cineasta pelo premiado Samba Riachão.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1830292041775610551.post-49255962612157983672007-04-05T01:39:00.000-07:002008-12-12T21:53:51.956-08:00Mutirão de divulgação<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZo_crPimgkqSbaiMneFcr4vyW3d3BuE8rohIVUCEg4uuL2GypEBjSiqolnBJQ72LUBvihJGdSHF0ZNTBu5jwENEs7PDnDMn0Lkp3A01Ic9XgqBiQl5P1qwGsG6Zp7w_l8dyViwz1kNMYv/s1600-h/Flaviana+para+Blog.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZo_crPimgkqSbaiMneFcr4vyW3d3BuE8rohIVUCEg4uuL2GypEBjSiqolnBJQ72LUBvihJGdSHF0ZNTBu5jwENEs7PDnDMn0Lkp3A01Ic9XgqBiQl5P1qwGsG6Zp7w_l8dyViwz1kNMYv/s200/Flaviana+para+Blog.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5049880305392450066" /></a><br /><br /><strong>Posso colar um Cartaz de Esses Moços, aqui?</strong><br /><br />As vezes em que foi exibido, dentro ou fora do país, o que mais chama a atenção na reação das pessoas sobre Esses Moços é a delicadeza da narrativa. O tema que é forte e complexo: abandono da infancia e da velhice é recebido com impacto e emotividade. <br />E exatamente os mais jovens e os mais velhos se emocionam com o filme. Quando exibido nas periferias ou para comunidade organizadas a reação de empatia é maior ainda, como se o desglamour e a simplicidade dos personagens e das locações gerasse identificação. A pergunta que tudo isso sucinta, é: Qual o circuito desse filme?<br />Penso que o ideal é que houvesse no Brasil além do circuito comercial e de arte, outros circuitos periféricos ou universitários e estudantís. Mas como fazer esse público chegar ao cinema? Penso que se divulgarmos em Escolas, centros comunitários,<br />em listas de Ongs e afins aumentaremos a chance do filme ser visto nas salas.<br />Solicito aos visitantes deste blog que indiquem formas de apoiar essa divulgação.<br />Sugiram forma de divulgar Esses Moços Brasil a fora. Alguem sugere um lugar bacana para se colar um cartaz? Aguardo sugestões.Esses Moços - o longa.http://www.blogger.com/profile/10912410567347887255noreply@blogger.com3